Altas Habilidades e Superdotação

Os SUPERDOTADOS pensam além dos padrões?

Por Stefi Jaconi (@tefi_jaconi), mãe de Benjamim, os desafios e as perspectivas para um ambiente escolar inclusivo

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Os SUPERDOTADOS pensam além dos padrões?

Eu sou mãe de um menino de cinco anos que adora brincar, correr com os amigos, inventar histórias, criar jogos e brinquedos com sucata.

Marcos do desenvolvimento

O Benjamim é superdotado. Como toda criança superdotada ocorreram marcos do desenvolvimento que ele alcançou antes de seus pares, como aquisição e domínio de inferências e linguagem, resolução e identificação de sequências, padrões e operações matemáticas, mas o que nos levou buscar a avaliação para identificação da superdotação foi o raciocínio divergente, a habilidade de criar soluções não padronizadas diante da compreensão e manipulação de conceitos complexos.

Dificuldades

E as maiores dificuldades, nas escolas, são pautadas por essa habilidade comum em crianças superdotadas, o raciocínio divergente. Elas têm jeitos singulares de construir uma solução ou executar uma tarefa. A criatividade é gigante. As possibilidades são imensas. A resposta nem sempre será pelo método tradicional, na verdade, quase nunca é…

O ambiente

A rigidez e a hierarquia do método de ensino são problemas. Mas, quando o ambiente determina que há só uma forma de executar qualquer tarefa, simples ou complexa, prejudica o desenvolvimento, a independência, a autoestima e a capacidade de raciocinar. Uma pergunta simples pode mudar a vida de uma criança superdotada:  “Qual foi o seu raciocínio?’

Acolhimento

Sem o acolhimento da divergência e da criatividade, o ambiente escolar contribuirá para a formação negativa do autoconceito das nossas crianças. O raciocínio divergente é orgânico aos superdotados, não é uma opção, faz parte do que são.

Contudo, em um mundo permeado por desigualdades sociais, raciais e de gênero, dar voz e espaço para a superdotação pode parecer injusto, mas essa concepção por si só reflete o quanto ignoramos a superdotação e como precisamos urgentemente integra-la em nossa cultura.

Todavia, a nossa luta, enquanto mães, é para que os educadores compreendam, crianças superdotadas não são melhores, são diferentes. E é dentro do ambiente escolar que formarão o sentimento de pertencimento ou de exclusão. Acima de tudo, precisamos tratar nossas crianças, como seres humanos, em suas dimensões físicas, sensoriais, emocionais, cognitivas e espirituais.

E você, conhece uma criança que pensa diferente? Se identificou, compartilha esta história, afinal somos todos diferentes, cada um tem o seu jeito e tudo bem.

Curadoria do texto: Cilene Cardoso do Grupo Crescer Feliz
Texto: Stefi Jaconi  @tefi_jaconi
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