Altas Habilidades e Superdotação

É preciso acolher as crianças, jovens e adultos SUPERDOTADOS?

Relato da vida de Brandenn E. Bremmer um prodígio que aos 14 anos tirou sua própria vida

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Cada semana uma nova oportunidade de aprender, compartilhar e divulgar relatos reais sobre superdotação. Recentemente, fui questionada: “Por que você está organizando este primeiro evento cultural sobre Superdotação? Qual é o propósito? Essas crianças têm uma capacidade intrínseca de aprendizado, são autodidatas e independentes. Qual é o objetivo deste evento?

Parei para conversar e explicar o que entendo, afinal, sou mãe e embora não seja especialista no assunto, tenho um forte interesse em aprender e me informar.

Ao final da nossa conversa, a pessoa compreendeu e comentou: “Nossa, eu jamais poderia imaginar que é preciso apoio. Nunca havia pensado, me colocado no lugar de uma pessoa superdotada.”

Para compartilhar uma história real, após assistir uma reportagem sobre uma criança que aprendeu a ler sozinha aos 2 anos de idade, comecei a pesquisar casos pelo mundo e me deparei com a história de Brandenn E. Bremmer.

Prodígio

Com um QI de 178, Brandenn foi considerado um garoto prodígio. Aos 18 meses, ele já lia sozinho, aos 3 anos, tocava piano. Ele terminou os trabalhos escolares de um aluno médio da primeira série e anunciou que não queria voltar para a pré-escola.

Homeschooling

Foi educado em casa e concluiu os estudos em apenas 7 meses, aos 6 anos, começou a frequentar aulas na escola secundária de estudos independentes da Universidade de Nebraska Lincoln.

Aos 10 anos, ele se formou no ensino médio. Apaixonado por música e biologia, ele pensava em se tornar anestesista, mas sua paixão pela música o levou a se matricular na Colorado State University em Fort Collins para estudar piano. Ele até compôs um álbum em 2004, chamado “Elements”, e o promoveu entre Nebraska e Colorado.

Então, em 16 de março de 2005, surge a pergunta inevitável: o que deu errado? Sim, mesmo com tanto talento e habilidade, esse adolescente cometeu um ato impulsivo. Seus pais o encontraram sem vida após voltarem do supermercado. Após investigações, foi considerado suicídi0. Sua história é triste mas é alerta a sociedade.

Desmistificar

É preciso desmistificar esse tema e fazer as pessoas entenderem que sim, essas crianças precisam de apoio, acolhimento e escuta. Elas precisam de uma base familiar sólida e de escolas que as incentivem. Imagine o sofrimento dessa família para o resto da vida. Precisamos acolher, compreender e aceitar cada indivíduo como ele é. Afinal, errar faz parte do processo, nem todos são alunos nota dez, é através dos erros que aprendemos, na vida mais erramos do que acertamos, mas para este público, existe um fator a mais, a famosa assincronia em seu desenvolvimento, afinal, são crianças, mas aprendem rápido. E quando chegam à adolescência, como estão? Preparados para o mundo do trabalho? Muitas vezes, não se encaixam na sociedade, que só enxergam o brilhantismo, esquecendo-se de que ainda estão em formação, são seres humanos em desenvolvimento, com muitas percepções, buscando respostas, buscando o autoconhecimento.

A mãe de Brandenn, Patti, que o encontrou sem vida com seu marido, Martin, comentou que nunca percebeu o filho deprimido, solitário ou pressionado para alcançar resultados. Ela menciona que ele sempre fez suas próprias escolhas. Seu filho não deixou nenhuma explicação, nenhum adeus. Como estará essa família após tantos anos?

Antes de julgar, a sociedade precisa entender mais sobre esse tema, existem dores invisíveis quando esses indivíduos não são acolhidos, não são identificados, por isso é importante divulgar informações para sociedade em geral e principalmente nas escolas, lugar que muitos se sentem deprimidos, sem incentivo, por não serem compreendidos.

Devemos estar atentos seja na sala de aula, em casa, com os familiares, é preciso um olhar carinho para o acolhimento e a verdadeira inclusão.

Curadoria do texto: Cilene Cardoso do Grupo Crescer Feliz
Fonte: Por: Kirk Johsnson and Monica Davey, The New York Times, Março 19,2005
https://www.nytimes.com/2005/03/19/us/one-shot-ends-the-life-of-a-prodigy-who-appeared-to-be-ordinary.htmlhtml
Se identificou, compartilha esta história, afinal somos todos diferentes, cada um tem o seu jeito e tudo bem.
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Fonte: 

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