Mitos ou Verdades! Superdotação sob a ótica de um especialista em Neurociências

Buscando informações/relatos de famílias para divulgar sobre o tema, li um texto escrito pelo superdotado e Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, na página CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, onde em sua coluna ele apresenta informações que estão sendo disseminadas por “especialistas” em superdotação.

A matéria menciona que o tema se tornou “viral”, o que por um lado ajuda a disseminar conhecimento sobre o tema, mas por outro espalha muita desinformação.

Afinal o que é superdotação?

Para o Dr. Fabiano de Abreu, a superdotação possui diversos fatores de influência que geram as altas habilidades.

“A superdotação refere-se a indivíduos com desempenho intelectual, criatividade e habilidades acadêmicas acima da média em habilidades específicas. Normalmente eles apresentam interesses diversos e profundos em determinados assuntos”, relata.

“Ela sofre influência de diversos fatores, mas tem uma forte relação com genética e pode ser comprovada a partir de testes de QI supervisionados ou teste genético de inteligência, este último é infalível e livre de dúvidas, será o mecanismo mas utilizados em breve”, afirma.

MITOS MAIS COMUNS SOBRE SUPERDOTAÇÃO

01 – Todo superdotado é autista?

“ Pode haver, em alguns casos, a presença da superdotação e do autismo, mas isso está longe de ser a regra, muito mesmo ter relação de causa ou necessidade. A divulgação de uma minoria que possui as duas condições pode gerar uma noção distorcida de que isso é a regra.”, ressalta Dr. Fabiano de Abreu.

02 – Todo superdotado tem algum transtorno?

“Estudos replicados trazem provas sólidas de que os indivíduos altamente inteligentes não tema mais perturbações de saúde mental do que a população média. Inclusive, a inteligência surge como um fator de proteção para transtornos mentais. Isso quer dizer que existem pessoas superdotadas com transtornos, sim, mas não seria uma maioria”, afirma.

03 – Superdotação é um espectro?

“Essa distorção tem sido muito espalhada atualmente, pois o termo “espectro”, apesar de poder ser aplicado em diversos contextos, acaba transmitindo a ideia errada de que superdotação é um transtorno, assim como outros termos como AHSD ou dupla excepcionalidade, que induzem uma associação errada entre a superdotação e transtornos”, ressalta.

Por meio  dos relatos que estamos trazendo semana a semana aqui neste espaço, e lendo este texto escrito por um pessoa com superdotação e neurocientista. Fica evidente que pelos esclarecimentos descritos, ainda precisamos aprender muito sobre a superdotação, mas e na prática, como dar apoio, suporte as crianças?

Em nosso convívio, no dia a dia, existem poucas pessoas, na sociedade, nas escolas, nas famílias, que tem conhecimento científico sobre o tema. É preciso sempre verificar as fontes de informações, consultar o curriculum Lattes do profissional. Ratificar informações equivocadas pode prejudicar a todos os envolvidos.

Todos juntos somos mais fortes!

Fonte: texto disponível no site www.cpah.com.br, acessado em 12/01/2024.

Curadoria e texto: Cilene Cardoso do Grupo Crescer Feliz

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