Altas Habilidades e Superdotação

A busca por especialista fez a diferença na vida da pequena Laura

Por Danielle Pereira, mãe de Laura Cristina, 2 anos e 8 meses, casada com Felipe Santos, da suspeita do autismo para a descoberta da superdotação.

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Desde o início, Laura demonstrava que tinha algo diferente do esperado para a idade, era muito inteligente, se expressava facilmente, na creche, a equipe sugeriu a possibilidade de autismo. No entanto, como mãe e educadora experiente, senti que algo não se encaixava, não estava atendendo as expectativas, assim transferi Laura para outra creche, esta unidade ligada diretamente a prefeitura, na primeira reunião as professoras foram bem receptivas e se dispuseram a ajudar, era um ambiente mais acolhedor e propício ao seu desenvolvimento.

Avaliação neuropsicológica

Aos 2 anos e 6 meses, iniciamos a avaliação neuropsicológica, onde  a confirmação chegou: Laura não é autista, mas sim superdotada. Um misto de emoções tomou conta da família. Alegria por sua capacidade intelectual excepcional, mas também a incerteza do futuro.

A busca por acompanhamento especializado, apoio escolar e terapias se tornou nossa missão. No entanto, logo nos deparamos com a dura realidade das filas de espera e burocracias do plano de saúde. A primeira terapia só foi possível após a mudança de categoria do nosso plano, a outra terapia ainda estamos aguardando.

A escola

Na escola, por falta de conhecimento dos profissionais, o laudo avaliado por especialista, não foi aceito, a equipe exigia a anuência de um neurologista, mesmo com a inexistência de CID para superdotação. Laura ficou sem o cadastro no sistema INEP, como educação especial e sem a elaboração do Plano Educacional Individualizado (PEI), ligamos ao órgão responsável CEFAI e nada adiantou, / ela ficou impedida de receber os recursos e acompanhamento necessários.

A anuência do  neurologista

Mesmo com as dificuldades, antes mesmo do reconhecimento oficial na escola, ela foi aceita como membro da Mensa, uma das sociedades Internacionais de pessoas com alto QI. Finalmente, com a ajuda de um neurologista, conquistamos a anuência do laudo e agora ela está amparada.

Nossa história é um reflexo das lutas enfrentadas por muitas famílias de crianças superdotadas. As burocracias e políticas públicas inadequadas atrasam o acesso aos direitos básicos, dificultando o desenvolvimento pleno do potencial dessas crianças.

Compartilho nossa história para que outras famílias se sintam menos sozinhas, para que profissionais da educação se sensibilizem e para que as políticas públicas se adaptem à realidade das crianças superdotadas.

Curadoria do texto: Cilene Cardoso do Grupo Crescer Feliz
Texto: Danielle Pereira, mãe de Laura Cristina  
Se identificou, compartilha esta história, afinal somos todos diferentes, cada um tem o seu jeito e tudo bem.
Juntos, podemos construir um futuro mais inclusivo e promissor para todas as crianças, independentemente de suas características.
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