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Síndrome de Down e filhos. É possível?

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Síndrome de Down e filhos. É possível?

Muitos pais se questionam se seus filhos com síndrome de Down um dia poderão ser pais. Como o empoderamento do jovens, conquistando a cada dia mais espaço no mercado de trabalho, com uma vida independente, alguns deles namorando, outros casando esses questionamentos vem surgindo cada vez mais.

Se a sexualidade de pessoas com síndrome de Down ainda é um tabu na sociedade. A possibilidade de mulheres com a trissomia darem à luz ainda é uma novidade para muitos. Inclusive há algumas pessoas que acham que isso seja até impossível.

Mas vale esclarecer que se a mulher não tiver problemas graves de ovulação, ela pode engravidar normalmente.

Mulheres com síndrome de Down e filhos

Da mesma maneira que pode ocorrer com mulheres sem a trissomia, a gravidez só é considerada de risco se a gestante apresentar algum problema de saúde que justifique cuidados extras, como cardiopatia, pressão alta, diabetes ou obesidade.

Entretanto pessoas com síndrome de Down normalmente apresentam essas patologias associadas a sua condição.

A maioria das vezes, pelo menos nos casos pesquisados, as mulheres descobrem a gravidez em um estágio mais avançado. Normalmente por falta de informação da gestante e da família sobre o tema.

Todavia, segundo informações do Movimento Down ainda são poucas as mulheres com síndrome de Down que se tornaram mães. Segundo a literatura médica, existem pouco mais de 30 casos de mulheres com Down no mundo que tiveram filhos sem a trissomia. Três delas estão no Brasil, e uma delas é a Gabriela (Capa), a Cintia e a Isabel.

Estatísticas

No portal Minha Saúde é possível encontrar uma explicação muito interessante do geneticista Zan Mustachi. Ele explica que um casal pode ter filhos mesmo que ambos tenham Síndrome de Down. “A principal diferença é que as chances de o filho também apresentar a alteração genética são maiores: 80% se os dois tiverem Down e 50% se apenas um do casal tiver“, diz. Em pessoas que não apresentam a síndrome, a chance de a criança nascer com o cromossomo a mais é de um para cada 700 pessoas.

Como não se sabe a origem da trissomia 21, é sabido quem nem sempre o cromossomo é vindo da mãe. Ele pode vir do pai também. O que é mais provável de acordo com a genética é que mulheres acima de 35 anos tenham mais pré-disposição para que a alteração genética aconteça.

Zan Mustacchi explica para o Minha Saúde que a mulher tem todos os óvulos formados dentro de si desde quando ainda é bebê, diferente do homem que produz espermatozoides a cada 72 horas desde a puberdade. “Ao longo dos anos, os óvulos também vão envelhecendo, o que pode aumentar o risco de ocorrerem alterações genéticas na formação do feto“, diz o geneticista.

Homens geralmente são inférteis

Contudo, já os homens com síndrome de Down dificilmente têm filhos. Embora não haja muitos estudos sobre o assunto. Acredita-se que a infertilidade seja consequência de um menor número de espermatozoides e de uma maior lentidão em sua movimentação, o que dificulta a ocorrência da fecundação.

Por fim, em nossas pesquisas pudemos encontrar dois casos de homens que foram pais de filhos típicos, sem qualquer síndrome.

Foto: Reprodução Correio Brasiliense

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