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Saiba o por que de algumas crianças autistas tem dificuldade na hora de se alimentar

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Durante a primeira infância, é muito comum que as crianças apresentem uma certa seletividade alimentar, escolhendo alimentos que mais atraem na hora de fazer as refeições. Entre aquelas que recebem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), no entanto, esse comportamento pode durar por mais tempo e ser mais restrito.

A seletivamente, que também pode ser chamada de Tare — Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo), pode englobar mais de uma situação e inclui tanto uma recusa total aos pratos oferecidos a um repertório restrito, com casos de crianças que comem apenas um tipo de alimento.

Existe ainda outras características que pode ser observadas como a rigidez comportamental (necessidade de comer sempre as mesmas coisas, da mesma maneira, no mesmo prato, com dificuldade de mudar as rotinas); e problemas motores dificultando o desenvolvimento da fala e consequentemente provocam uma hipotonia, que impede a mastigação de alimentos mais firmes e duros, contribuindo ainda mais para a seletividade.

Uma das razões que explicam esse comportamento é a reação dessas crianças aos estímulos sensoriais, segundo dito por Danielle Admoni, médica psiquiatra da infância e da adolescência na UNIFESP e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria.

Ela afirma que as crianças que estão dentro do TEA podem ter uma hipersensibilidade ou hipossensibilidade aos estímulos externos. O ator de comer é multissetorial e envolve cheirar, ver a cor do alimento, sentir a textura e a temperatura ainda usar o paladar.

Como pode ser tratado a seletividade alimentar?

Segundo as informações dadas pela especialista, é possível amenizar a seletividade alimentar das crianças diagnosticadas no espectro autista, porém essa característica nunca irá ser 100% revertida.

Diferentes profissionais deverão fazer parte da equipe, além dos psicólogos e psiquiatras, vomo fonoaudiologista, terapeuta ocupacional e nutricionista.

Embora essa seletividade gere estresse para os pais, todos os familiares precisam continuar tranquilos diante das recusas alimentares, sob pena de agravar o quadro, de acordo com Admoni.

Alimentos mais bem aceitos

A dificuldade de alimentar-se de uma maneira saudável é a fonte de angústia para os pais, que ficam sem muitas escolhas na hora de preparar as refeições. De uma forma geral, as crianças diagnosticadas no espectro costumam evitar qualquer alimento com gosto, cheiro, cor ou textura muito exuberante, ou mais pronunciada. É o caso, por exemplo, de vegetais verdes, carnes como peixes.

Opções que são difíceis de mastigar, como sanduíches e carnes, além de opções com texturas extremas (muito quentes ou frias), também costumam ser deixados de lado.

É reforçado também pela especialista, mas, que essa é uma questão muito particular e que cada criança pode mostrar variações em suas escolhas.

Fonte: Uol

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