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‘Não perdi só meu neto, perdi o amor da minha vida’, afirma avó de criança de 10 anos que faleceu de Covid-19

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“Não perdi apenas um neto, perdi o amor da minha vida”. O relato cheio de amor e revolta de uma auxiliar de serviços gerais, Socorro de Jesus da Silva, de 51 anos de idade. Ela perdeu o neto Guilherme Monteiro, de apenas 10 anos de idade, para o vírus da covid-19, no mês de agosto do ano passado.

A auxiliar de serviços gerais defende a imunização de crianças e faz críticas aos obstáculos que foram impostos pelo governo federal a inclusão do público na campanha de vacinação. Ela imagina que, se a vacinação estivesse disponível, o neto poderia estar vivo.

O pequeno Guilherme, que tinha síndrome de Down, veio a falecer depois de passar doze dias internado. No final do mês de julho do ano passado, ele começou a sentir febre e mal-estar. Os familiares imaginavam que trataria-se apenas de uma reação ao remédio para anemia, que o pequeno havia começado a tomar há alguns dias.

Como os sintomas continuaram, ele foi encaminhado pela a unidade de saúde Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ao realizar o teste de covid, ele testou positivo para o vírus.

A avó contou que foi uma grande surpresa para todos, pois sempre fizeram de tudo para proteger ele do vírus. Guilherme precisou ser internado imediatamente. Após ter sido levado para o Hospital de Criança de Brasília José Alencar, onde ficou internado, mas infelizmente acabou não resistindo e veio a óbito no dia primeiro de agosto do ano passado.

Socorro lamenta dizendo que os familiares tinham esperando de que ele se recuperasse, pois, por ele ter síndrome de Down, era muito bem acompanhado por uma equipe. E que não fosse esse vírus maldito, ele ainda estaria vivo.

A avó de Guilherme relata que ao saber da liberação do imunizante para as criança, relembrou de momento de muita apreensão. Toda semana ela ligava para os postos para saber sobre a vacina para a faixa etária dele, pois era uma forma de proteger ele, fizeram de tudo, mas infelizmente não foi possível.

Guilherme residia com os avós desde o dia que veio ao mundo. O casal morava na Cidade Ocidental (GO), porém, para poder oferecer ao neto condição melhores, mudaram-se para um apartamento no Recanto das Emas. Atualmente, após a morte neto, resolveram retornar para o entorno.

A avó conta que tudo na residência fazia com que ela se lembrasse de Guilherme, não dava para continuar ali, a criança era tão cheia de vida, muito inteligente, ele era o milagre deles.

Fonte: G1

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