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Garoto indígena com síndrome de Down e surdez é adotado por professora que afirma que aprende todos os dias com o filho

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Beatriz Mello, de 62 anos, adotou bebê indígena da comunidade Cinta Larga. Ele seria sacrificado por nascer com síndrome de Down e surdez , e após 13 anos ela afirma que aprende com o filho a cada dia que passa.

Antonio nasceu com síndrome de Down e surdez, ele era o 12º filho de uma família de indígenas, na comunidade rural de Aripuanã, próximo a Cuiabá. Os pais entregaram o menino para a adoção para ao FUNAI – Fundação Nacional do Índio, com receio que o menino fosse sacrificado.

Apesar de a família ter toda a documentação necessária para a adoção da criança, eles tiveram muita dificuldade para efetivar a adoção. Houve muita contestação acerca da adoção, pois se tratava de uma criança indígena e o tema abriria uma jurisprudência em relação ao tema.

Processo de adoção

O processo de adoção transcorreu por mais de quatro anos. Beatriz gastou muito dinheiro com advogados para conseguir oficializar a adoção do menino.

Ela não se arrependeu em nenhum momento, ela afirma que todos os dias ela aprende com o filho e que toda sua luta valeu a pena.

A luta não foi apenas pela guarda do menino, foi também pela vida dele. Antonio tinha intercorrências respiratórios, e com 4 anos ele teve intercorrências com o seu rim e fígado e dependia de home care. Hoje o garoto vive bem.

Anos atrás os pais  biológicos do garoto quiseram conhecê-lo, Beatriz apoiou esse encontro, mas eles nunca apareceram para conhecer o menino.

Antonio sabe que é adotivo, que ele é indígena, e mesmo assim vive muito bem ao lado de sua família.

A comunicação com o menino é por meio de LIBRAS  (Linguagem Brasileira dos Sinais). Ele usa aparelho auditivo desde os 7 anos mas não se adaptou muito bem, pois o barulho o incomoda.

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A família o matriculou em uma escola para surdos para ajudá-lo melhorar sua comunicação, porque hoje, ele maior ele quer expressar seus sentimentos e não consegue.

Ele estudou em escola particular, mas não se adaptou, segundo sua mãe não conseguiu fazer amizades. Com isso a mãe o matriculou em uma escola pública para ser melhor acolhido.

O maior desafio da mãe é o preconceito dos adultos, pois tem alguns que falam para os filhos se afastarem de Antonio com medo de se machucarem. Mas Antonio é muito carinhoso e não oferece perigo a ninguém.

Estatísticas de indígena com síndrome de Down e surdez

 

Não há no país estatísticas específicas para indígena com síndrome de Down e surdez.

Segundo o censo de 2010, estima-se que no Brasil haja 1,9% da população indígena apresenta algum dos tipos de deficiências, sendo que a maior incidência está no sexo feminino (1,10%). As deficiências visual e física apareceram mais no sexo feminino e as deficiências auditiva e mental/intelectual teve prevalência no sexo masculino

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Fonte e imagem: G1

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