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Com tetraparesia, mulher será a primeira Médica do Paraná com essa condição

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Elaine Luzia dos Santos, de 33 anos, que estuda Medicina na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), concluirá o curso no próximo mês de maio. Mesmo após passar por um  AVC (Acidente Vascular Cerebral), que fez com que ela perdesse a fala e os movimentos, deixando-a em uma condição de tetraparesia, ela alcança essa grande conquista.

Sendo assim, para poder se comunicar com professores, colegas de turma, familiares, amigos e pacientes, a estudante usa praticamente o olhar. Nesse sentido é possível afirmar que Elaine é a primeira brasileira com tetraparesia a cursar Medicina no Brasil, e muito em breve será a primeira médica.

É no mês de maio que irá acontecer a colação de grau. A estudante já decidiu em qual área se tornará especialista e será  em radiologia, produzindo laudos médicos.

“”É uma área na qual eu posso atuar usando todo o meu conhecimento sem depender tanto das pessoas”, disse a futura médica ao Rede Sul de Notícias.

Ainda durante a entrevista a estudante contou que o que mais marcou ela foi o relacionamento que cultivou com os pacientes durante as aulas práticas e estágios.

“O que mais recordo é o carinho com que os pacientes me tratam. Eles me incentivam todos os dias a continuar”.

Trajetória de superação da estudante

Elaine ingressou no curso de Medicina no campus de Cascavel ainda em 2012. A moça já havia se formado em Farmácia na mesma instituição estadual. Ela afirma que após ter concluído o primeiro curso, decidir fazer medicina era como se estivesse acontecendo uma continuação natural referente aos estudos. Dessa forma, ela precisou fazer um cursinho que durou um ano para que assim pudesse melhorar suas chances de ser aprovada no vestibular.

A estudante fazia parte de um grupo de pesquisa coordenado pelo professor Allan Araújo, que coordenava o curso de Medicina durante a graduação de Elaine. Ela também estava pleiteando uma vaga no programa de Mestrado de Biociência da Unioeste.

No ano de 2014, quando já estava cursando o terceiro ano de Medicina, ela sofreu um AVC que acarretou em tetraparesia. Porém, embora ela estivesse passando por todas essas complicações, continuou com toda a disposição que tinha antes para que assim concluísse os seus sonhos.

Ela precisou se adaptar a nova realidade. Durante sua trajetória ela contou com apoio pedagógico. Foi em 2015 que ela retomou os estudos e contou com todo o apoio da universidade por meio do PEE (Programa de Educação Especial), que inclusive a acompanhou durante todo esse processo. Agora, definitivamente ela está concluindo o seu objetivo, tornando-se a primeira médica do Brasil a concluir o curso de Medicina com a atual condição física que apresenta.

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