Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Com filha autista, mãe cria local para tratar crianças com essa condição

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Geysa Fernanda Borges tornou-se mãe pela primeira vez  de Maria Eduarda, há dez anos. A menina trouxe alegria e muito aprendizado para mamãe de primeira viagem. No entanto, já nos primeiros meses de vida da pequena, algumas atitudes começaram a chamar a atenção da família.

“Ainda bebê, eu percebi uma dificuldade em fazer fotos e ela sair olhando. Desde bebezinha ela não tinha um sono normal. Até 1 ano e 8 meses, mais ou menos, ela dormia apenas 3 horas diárias. Mas, o que me preocupou e mais me chamou atenção, foi quando eu a levei para a praia e ela chorou 10 dias sem parar, por ter mudado de ambiente”, conta Geysa.

Por conta da experiência na praia, Geysa relatou que começou a observar mais detalhadamente o comortamento de Maria Eduarda. E desde o princípio era distinto das crianças com a mesma idade da menina.

“Quando nós viajávamos, ela não dormia, não brincava, não ia da sala para a cozinha sozinha, e não falava quase nada. No final de 2010, quando ela tinha quase dois anos, resolvi procurar um Neuropedriatra, em Maringá. Ele fez uma série de exames e depois de cinco meses fechou o diagnóstico de Aspecto do Autismo. A princípio a minha reação foi de luto, mas em seguida eu reagi e pulei para a luta. Eu comecei a a correr atrás, a procurar saber o que era, porque nem eu entendia o que era o autismo. Até hoje, para mim, é uma incógnita o que é o autismo. Como eu estou na área e sou fisioterapeuta, fiquei um pouco abalada, mas fui buscar tratamento para ela”, contou Geysa.

Diagnóstico

Com o diagnóstico, a menina iniciou a equoterapia para perder o medo de altura e desenvolver as habilidade por meio do contato com o animal. Quando estava para completar cinco anos, entrou na escola e, de acordo com a mãe, esse foi outro período de grande dificuldade. “Ela não tinha motricidade fina nenhuma, nem com o giz de cera ela conseguia escrever.”

Maria Eduarda continuou o acompanhamento médico e passou a ter o auxílio de uma psicopedagoga. Atualmente, além deste atendimento, ela conta com psicóloga, fonoaudióloga, pedagoga em sala de aula (há três anos recebe o acompanhamento) e tratamento para integração sensorial.

A garota está no 5°Ano do ensino fundamental, em uma escola Municipal em sua cidade, e conta com uma professora exclusiva para auxiliá-la. As provas ainda são realizadas na oralidade, pois ela tem dificuldade para escrever. Após as aulas ela ainda  outras atividades tais como piano, pra ganhar motricidade nas mãos, natação e Judô.

Criação do Centro de atendimento

Com objetivo de obter melhor qualidade de vida a menina, Geysa buscou outras opções de terapia. Ela conheceu a terapia ocupacional, a integração sensorial, o estúdio de Pediasuit e o estúdio de integração sensorial. Por um mês ela se descolcava para outra cidade afim de oferecer essa opção para a menina.  “Senti muita evolução, me encantei pela terapia e por tudo o que eles me ofereceram lá. E já em outubro, surgiu a ideia, junto com as minhas colegas de trabalho da Santa Casa, de montar um estúdio especializado para atender crianças com comprometimento neurológico, em especial, crianças autistas”, contou a mãe.

Com a ideia em mente, ela e suas amigas criaram o centro para oferecer não só a Maria Eduarda, mas outras crianças da cidade um tratamento especializado. O espaço conta com quatro fisioterapeutas e uma terapeuta ocupacional, Eulália Ramos, que é quem faz a integração sensorial com Maria Eduarda. “A integração sensorial é muito importante para o autista porque trabalha os sete sentidos, além dos cinco comuns que nós temos (tato, visão, audição, olfato e paladar). Trabalha também o sistema vestibular e proprioceptivo, que são os sistemas mais afetados na criança com autismo, onde entra a parte sensorial. Dentro disso, trabalhamos os movimentos, através dos balanços dos equipamentos para adequar e organizar o autista, porque eles são desorganizados sensorialmente. Então nós os organizamos através das atividades, com os equipamentos da integração, para ter uma melhor qualidade de vida. Por isso, a integração é tão importante, não só no autista, mas em todas as crianças que tem uma desordem sensorial.”, explica a Terapeuta ocupacional.

Todas as profissionais que atuam no Centro são especilistas em Pediasuit, treinamento locomotor e integração sensorial. Hoje eles atendem não só a menina, mas outras crianças com autismo ou outros comprometimentos neurológicos.

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Fonte e imagens: www.paranavai.portaldacidade.com

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