DeficiênciaDeficiência Física

Cadeirante participará de maratona de subida pela primeira vez com ajuda de condutor

Siga-nos no GOOGLE NEWS

A maior e mais cobiçada maratona de subida do Brasil, terá uma presença ilustre no próximo dia 31 de agosto, na Serra do Rio Rastro, em Santa Catarina. O cadeirante Jonas de Melo, que completará 18 anos no próximo dia 24 de maio, vai participar dos 25km junto com o condutor Cleiton Tamazzia. A parceria, que marca a 7° edição da Uphill Marathon, tem o apoio do projeto social Pernas Solidárias para que Jonas seja mais um ninja runner.

Guerreiro Jonas, como é conhecido, é natural de Joinville e nasceu prematuro aos sete meses. Por conta da antecedência, Jonas veio ao mundo com paralisia cerebral, seguida da síndrome de Pierre Robin (anomalia congênita rara, caracterizada por mandíbula diminuída, retração da língua e obstrução das vias aéreas superiores) e de uma fissura palatina. Após anos de fisioterapia e o diagnóstico de dezenas de médicos confirmando que jamais andaria, o menino não desistiu do sonho de praticar um esporte como a corrida ou o futebol, suas duas paixões.

Aos 14 anos, mesmo com suas pernas tortas, Jonas começou a arriscar pequenos passos sozinho, se escorando nas paredes de casa e travando uma verdadeira batalha individual. Logo, seus pais o levaram ao Dr. Cunha, ortopedista do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, que descobriu o quadril invertido de Jonas e deu um parecer otimista. Ele indicava a possibilidade de andar e até de correr um dia, mas para isso, várias cirurgias seriam necessárias.

– Conseguimos realizar as cirurgias em 2018. O Jonas passou por quinze procedimentos nos membros inferiores, foi um sucesso, não tem mais as perninhas tortinhas e atualmente está na fase de fortalecimento muscular. Ele adora estar na rua, fazer amizade, gosta de esportes em que vai conhecer pessoas, então ele sempre adorou corrida e futebol. A dona do local onde ele faz equoterapia indicou o Pernas Solidárias, disse que seria uma experiência legal para o Jonas e me passou o telefone do Cleiton. Assim tudo começou – explica Alexandre, pai de Jonas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo