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Após diagnóstico de condição rara mãe fala sobre decisão difícil entre abortar um ou colocar em risco a vida dos dois

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Kloe Matthew, de 31 anos, tentou por anos ter um filho, e nesse processo acabou sofrendo um aborto espontâneo. A história de Kloe aconteceu em Suffolk, na Inglaterra.

Mesmo passando por esse processo ela não desistiu e finalmente conseguiu engravidar. Para a surpresa de Kloe, ela ficou grávida de gêmeos. Entretanto, após terem se passado 17 semanas de gestação, ela fez alguns exames pré-natal, e uma condição diagnosticada colocava tudo a perder.

Acontece que os gêmeos estavam compartilhando da mesma placenta, que posteriormente foi identificada com a Sídrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF). Essa condição provoca uma complicação no fluxo sanguíneo, com nutrientes e oxigênio, que passa de um modo completamente desproporcional para os bebês, e isso faz com que um acabe se desenvolvendo menos que o outro.

Diante do diagnóstico os médicos relataram aos pais da criança que algo precisava ser feito com urgência. Os médicos tinham como opção cortar o cordão umbilical de um dos bebês. A outra opção que restava era realizar um procedimento cirúrgico a laser, completamente arriscado que poderia acarretar na morte dos gêmeos. A outra opção era salvá-los, porém o bebê menor tinha apenas 10% de chances de sobrevivência.

“Eu tinha apenas três horas para tomar a decisão e, uma hora depois, eu estava em cirurgia para tentar salvar os dois”, disse a mãe. “Depois da cirurgia, eu fiquei muito mal, mas sabia que tinha tomado a decisão certa”, completou.

A operação que foi muito delicada ocorreu em Londres, no hospital King’s College. “Nunca foi uma escolha entre meus meninos. Nos deram essa chance por um motivo. Ser convidada a considerar cortar o cordão umbilical do meu pequeno Michael foi o pior dia da minha vida – parecia que tínhamos sido descartados”, revelou a mãe, durante uma entrevista concedida ao Daily Mail. “Depois de tudo que já passamos, eu sabia que ambos mereciam uma chance de lutar. Algo me disse para dar aos dois uma chance e eles precisavam ficar juntos, então decidi salvá-los e ir para o tratamento a laser”, disse.

“Muitas pessoas entram em trabalho de parto de 10 a 12 semanas após a cirurgia e meus meninos fizeram isso dez semanas após o procedimento”, afirmou Kloe, que deu à luz os bebês no dia 28 de janeiro de 2021. “Eu não estava me sentindo bem e ainda estava preocupada com meus meninos porque eles estavam chegando muito cedo, com apenas 27 semanas”, recordou a mãe.

Jason Bye/MERCURY PRESS

Quando eles nasceram, James e Michael Matthew precisaram ser encaminhados para a UTI neonatal, e lá ficaram por 16 semanas fazendo de tudo para sobreviver.

“Eu não consegui ver meus meninos por 14 horas depois que eles foram levados para a UTI. Foi uma época tão horrível – eu não sabia se eles iriam sobreviver e eu só queria conhecer meus bebês”, recordou Kloe. “Foi incrível vê-los, mas absolutamente aterrorizante, ao mesmo tempo”, finalizou.

Tudo terminou bem e agora os gêmeos estão saudáveis e já tem um ano e seis meses de vida.

“Os meninos acabaram de fazer seu primeiro aniversário. E pensar que nunca achamos que iríamos vê-los engatinhando e aprontando. Eles são melhores amigos e já passaram por tantas coisas juntos que estou animada para ver como o vínculo deles se desenvolverá”, comemora a mãe.

Fonte: Dailymail

 

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