Síndrome de Down

“Superamos o preconceito”. Mãe comemora a segunda graduação do filho com síndrome de Down

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Toda mãe comemora as vitórias de um filho. Quando ele é especial a vitória tem ainda mais gosto especial.
A secretária Roseli Mancini pode comemorar  a segunda formatura do filho, João Vitor. O rapaz tem síndrome de Down. E Isso não o impediu de graduar-se por duas vezes. João Vitor colou grau no curso de Licenciatura em Educação Física, após em 2009 ele ter concluído o bacharelado na mesma área.

A vitória

Segundo depoimento da mãe, depois de tanta luta, eles podem comemorar juntos e deixar para trás muitos ‘nãos’ que receberam, e mostrar que superaram o preconceito.
Segundo João Vitor,  os preconceitos foram muitos. Ele relatou alguns:  “Eu lembro bem de um caso que ocorreu na primeira faculdade. Estávamos em uma aula de atletismo e eu estava fazendo um movimento errado. Ao  invés da professora me corrigir, ela falou: “deixa ele”. Eu fiquei muito decepcionado e me perguntei porque ela teria agido daquela forma. Também não entendi que tipo de metodologia ela usava. Eu esperava que ela me ajudasse. Bastava ela ter me corrigido”.
Em outro caso relatado pelo jovem, o preconceito, segundo ele, veio de uma das colegas de classe. “Por parte dos colegas eu sempre tive que provar que era eu que fazia os trabalhos e os deveres. E um dia, uma das colegas falou que ela tinha feito o trabalho sozinha, sendo que eu também havia participado. Na verdade (…), ela me deixou tão pra baixo e deprimido que não tive reação na hora. Com isso, eu preferi sempre fazer os trabalhos e deveres sozinho”.
O início dos estudos do rapaz foi na APAE. Depois a mãe optou em colocá-lo em uma escola regular. E para eles deu super certo.  Segundo a mãe ela foi criticada por muitas pessoas por a acharem ousada, ma s hoje ela comemora o resultado: João Vitor tem duas faculdades.

Quero fazer a diferença e abrir as portas para dar mais qualidade de vida para esse público” , João Vitor, educador físico.

Ele passou no vestibular na primeira tentativa e concluiu o Bacharelado em Educação Física na Universidade Tuiuti, em julho de 2009. Em seguida, entrou no curso de licenciatura na mesma área e concluiu no final do ano passado. “Quando chegou o dia da colação de grau, mais uma vez, foi uma emoção sem igual, uma vitória indescritível”, confessou a mãe.

Conselho para outras mães 

Contudo, Roseli aconselha os pais que também têm filhos com síndrome de Down e explica que o princípio de tudo é encarar a situação com normalidade.
“Penso que os pais com filhos especiais, em primeiro lugar devem eles próprios não ter preconceitos, pois, muitas vezes, inconscientemente, eles têm, e isto dificulta o relacionamento com o externo. Devem acima de tudo optar por escolas regulares, sem medo do preconceito, pois só do lado de crianças normais, com parâmetros normais, os filhos poderão evoluir”, acrescentou João.

Futuro

“Estou feliz. Meu maior sonho a partir de agora é abrir uma academia voltada para o público com necessidades especiais, como eu, ou dar aula em escolas. Percebo que essas pessoas precisam de incentivo e de boa expressão corporal, coisas que foram essenciais na minha vida até agora. Por isso, quero fazer a diferença e abrir as portas para tentar dar mais qualidade de vida para esse público”, acrescentou João.
Hoje João Vitor é professor de Educação Física, no Colégio Integral de Curitiba, conforme consta no perfil dele no Facebook.
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