Crianças EspeciaisSíndrome de Down

Mãe relata que motorista do Uber se recusou a levar filha com síndrome de Down

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Uma situação muito desagradável aconteceu com uma mãe e sua filha, no bairro do Cambuci, em São Paulo.

Segundo a mãe um motorista do Uber recusou-se a transportar mãe e filha em razão de ver a mãe acompanhada de sua filha que tem síndrome de Down.

Esse caso triste aconteceu com a produtora de eventos Luana Watanabe, de 33 anos, que relatou em seu perfil no Facebook  que solicitou um veículo para levar a filha Ana Clara, de 7 anos, até a escola, no Cambuci, região central da capital, quando esse triste caso de discriminação aconteceu.

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Em seu post a mãe indignada relata:”Eis que o motorista chega, eu ando em direção ao carro, ele olha para Ana Clara e diz: ‘desculpa, mas não vou levar essa criança’, isso com o carro já descendo a rua e simplesmente foi embora”.

Ela ainda relatou para seus seguidores o constrangimento que sentiu, a raiva, a tristeza e o medo de “serem rejeitados de novo”.

A primeira providência de Luana foi reclamar com a Uber, que lamentou o episódio, e informou que existe um código de conduta para os motoristas parceiros, que determina um tratamento cordial e respeitoso.

Ela decidiu registrar um boletim de ocorrência, mas afirmou que na delegacia também foi tratada de maneira hostil.

A delegada, segundo ela, disse que “não é um caso criminal, não tem o que fazer e não vai registrar boletim de ocorrência. Se eu quiser tenho que entrar com advogado”, contou Luana, que acabou desistindo do BO pela falta de provas.

1ª vez que verbalizam

Segundo o relato de Luana Watanabe ao G1, ela disse que  trabalha como produtora de eventos, e é mãe de outras duas crianças, e já enfrentou situações similares com motoristas de aplicativo, mas que, dessa vez, a diferença foi que o homem verbalizou o preconceito.

Se ele dissesse que não levaria pela falta de cadeirinha, eu entenderia, mas a forma como olhou, falou e saiu andando não é conduta de uma pessoa. Foi preconceituoso“, disse Luana.

Já aconteceu de um motorista olhar e se recusar a nos levar, mas o diferencial foi que ele olhou e falou ‘não vou levar essa criança’. Não dá para aceitar“, continuou.

Ela sugeriu que fosse implementada pelo Uber uma seção “Uber Kids”, para que não houvesse mais problemas.

Em nota à reportagem, a Uber lamentou a situação e disse que desativou o perfil do motorista no aplicativo:

Levamos esse tipo de denúncia muito a sério e temos uma política de tolerância zero a qualquer forma de discriminação em viagens pelo aplicativo. Entramos em contato com a usuária e desativamos o motorista do aplicativo assim que recebemos a denúncia. A Uber defende o respeito à diversidade e reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e inclusão para todas as pessoas que utilizam o nosso app.”

Denúncia

Em razão da falta de provas  Luana não dará  continuidade a denúncia, mas que espera mais empatia das pessoas.

Não vou procurar advogados, nem a Justiça porque tenho minha filha para cuidar e não tenho provas. Gostaria que essa história ajudasse em uma mudança de comportamento das pessoas, que se informassem mais, compreendessem mais. Gostaria que tivessem mais respeito e empatia. Não precisa largar uma pessoa na rua assim, ao Deus dará“, concluiu.

O vereador de São Paulo, Adilson Amadeu (PTB) informou que vai incluir o caso na Comissão de Transportes nesta quarta-feira (12) na Câmara Municipal.

E se depender de nós essa história será compartilhada diversas vezes para que isso não ocorra mais com nenhuma criança.

Deixe-nos saber o que achou, porque sua opinião é muito importante para nós.

Fonte: G1

Imagem: Reprodução G1

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