Altas Habilidades e SuperdotaçãoTranstorno do Espectro Autista (TEA)

Jovem com autismo e altas habilidades cursa medicina no Paraná

Jovem com autismo e altas habilidades cursa medicina no Paraná

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A jovem Natãmy Nakano, de apenas 16 anos, moradora em São José dos Pinhais, no estado de Curitiba, foi aprovada no vestibular de medicina na Universidade Federal do Paraná – UFPR.

Natãmy tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), grau leve, a síndrome de Asperger, como também ela tem altas habilidades e superdotação.

Ela aprendeu a ler com  dois anos. Suas habilidades são muitas. Hiperfocada, característica do autismo, ela se estudou muito até essa aprovação. Seu desempenho no vestibular foi extraordinário. Ela gabaritou 10 de 14 questões, e ainda acertou parcialmente as outras quatro.

Segundo a jovem se você tem um sonho, você tem que realizar independente da barreira. Nada é por acaso. Com esforço é possível conquistar até mais coisas do que uma pessoa considerada normal.

De acordo com sua mãe Andréia Pichorim a adolescente, ao nascer teve um problema de incompatibilidade sanguínea, que poderia ter deixado ela em estado vegetativo. Mas ela superou isso!

O diagnóstico

Com poucos anos de vida foi diagnosticada com TEA e depois da descoberta do autismo (asperger) ela também desenvolveu hipersensibilidade nos sentidos, o que causa incômodo e até dor física com alguns cheiros, barulhos, luzes, roupas, etiquetas e até alimentos.

A  mãe da menina que também tem síndrome de Asperger e altas habilidades contou ao G1 que um tumor no cérebro que ela teve quando a filha tinha dois anos ajudou a despertar o desejo da menina pela medicina.

Acho que ela tinha medo de me perder. É um amor pela profissão que veio das raízes de outro amor, o amor de mãe e filha.”

A inteligência extrema dela não significou uma vida fácil, até por conta do autismo.

Eu era vista como a esquisita, hiperativa, a louca. Sofri muito bullying, não tinha amigos. Eu só sabia que eu tinha altas habilidades e superdotação assim como minha mãe, mas nada que pudesse me fazer diferente ou excluída pelos outros colegas”, explica, conta a jovem.

Natãmy conta que os professores, em geral, não entendiam como ela aprendia tudo tão rápido. Quando estava na terceira série do ensino fundamental, já buscava saber dos conteúdos da oitava.

Todavia, a jovem presta vestibulares desde muito cedo com 11 anos foi o primeiro. Aos 13, já havia sido aprovada em engenharia de bioprocessos na UFPR e, no mesmo ano, se tornou aluna do curso técnico em gás e petróleo da instituição.

A realização do sonho

Mas o sonho da menina era mesmo medicina. Ela estudou e muito. Natãmy realizou seu sonho.

Ela afirma que mesmo com as limitações de contato com o público, espera se especializar em pesquisa ou cirurgia. E antes mesmo de as aulas começarem, já está estudando bioquímica.

Além dos estudos acadêmicos, Natãmy ainda se dedica a outros tipos de conhecimento como corte e costura para poder produzir as próprias roupas, em razão de sua sensibilidade.

No entanto, na universidade, ela ainda tem a mãe como a companhia, que está  cursando  doutorado em engenharia de materiais e nanotecnologia.

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Fonte: G1

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