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Dicas de cuidados para as pessoas com deficiência evitarem o contágio pelo corona vírus

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Diante do cenário mundial onde o coronavírus está se espalhando, a maior preocupação das autoridades de saúde são as pessoas com maior vulnerabilidade diante do vírus:  pessoas com sequelas graves, principalmente com restrições respiratórias, dificuldades na comunicação e cuidados pessoais, aquelas com condições autoimunes, as pessoas idosas (acima de 60 anos), as que apresentam doenças associadas como diabetes, hipertensão arterial, doenças do coração, pulmão e rim, doenças neurológicas e aquelas em tratamento de câncer.

Até presente momento, não há indício de óbito nas estatísticas oficiais de pessoas com deficiência, que para nós é uma excelente notícia

Deficiências

Segundo o último censo do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística há no Brasil 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência . Esse número significa 22% da população brasileira.

As deficiências podem ser classificadas em leve, moderada e grave. Diante disso, os riscos variam segundo o grau de dependência

As pessoas com deficiência severa, normalmente depende de outras pessoas para sobreviverem, pois na maioria da vezes necessita de cuidados específicos. Com isso, o risco de contaminação é maior, devendo essas pessoas e seus cuidadores tomarem os devidos cuidados de higienização das mãos e do ambiente em que vivem.

Como sabemos, a maioria dos cuidadores das pessoas com deficiência são as mães dessas pessoas. Elas fazem  quase tudo se não tudo sozinhas. No entanto, diante desse cenário é importante estar atenta, caso seja constado algum sintoma da doença ter alguém para assumir sua posição de cuidados, alguém treinado para ajudá-la quando houver a necessidade de isolamento

Como podemos observar em nosso grupo, grande parte da população que tem alguém com deficiência na família vive em condição de pobreza e detém poucos recursos para se manter. A grande maioria vive com a ajuda do governo por meio do BPC – Benefício de Prestação Continuada ou outro benefício.

Maior problema

Mas  o maior problema que encontramos é a forma como o governo está se comunicando com essas pessoas. Visto que boa parte dos responsáveis pelas pessoas com deficiência, não entendem claramente o que está sendo dito pelos órgãos oficiais, principalmente, em razão das informações desencontradas que estão sendo veiculadas.

A comunicação deve também ser dirigida a esse público e ela precisa ser inteligível. Eles existem!

Os deficientes visuais precisam de materiais com audiodescrição ou em braile; os deficientes auditivos, de materiais visuais, e pessoas com de deficiência intelectual, que não sabem expressar diretamente o que estão sentindo, precisam de uma comunicação cuidadosa e com uma linguagem simples.

Todavia, a linguagem deve ser clara para todas as pessoas com deficiência e seus cuidadores.

Dicas:

  • Seguir as recomendações de higiene e distanciamento social.
  • Os intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libra) devem ter cuidado redobrado com a higiene das mãos por tocarem a face durante a comunicação.
  • Cuidadores devem ser ainda mais atentos às pessoas que não consegue dizer o que estão sentindo. Verificar a temperatura é uma das formas de fazer isto.
  • Objetos de uso pessoal, como telefones celulares, computadores e brinquedos devem ser higienizados constantemente.
  • Para as pessoas que não tiverem condição ou não encontrarem álcool gel a higienização pode ser feita com água e sabão por 30 segundos.
  • Não entrar com sapatos da rua em casa, e quando retornar para casa colocar as roupas no mesmo tempo para lavar.
  • Lavar bem os alimentos (frutas e verduras) e mantenha a casa limpa.
  • Restrição de contato social (exceto cuidadores e profissionais de saúde, quando necessário);
  • Evitar aglomerações e viagens;
  • Evitar atividades em grupo;
  • Atenção redobrada aos cuidados com a higiene pessoal (em especial às pessoas com deficiência intelectual e motora com alto grau de dependência)
  • Com relação à higienização de cadeiras de rodas, bengalas, andadores e outros meios de locomoção, promover a limpeza com água e sabão ou álcool líquido a 70% uma vez ao dia e sempre após deslocamento externo;

    Cuidados Especiais

  • Pessoas com deficiência com quadro neurológico e idosos podem apresentar sintomas específicos associados à infecção pelo coronavírus tais como: piora brusca no quadro geral de saúde, perda de memória e/ou confusão mental, perda de mobilidade e força, fadiga repentina. Nestes casos procurar serviço de saúde mais próximo do local de residência.
  • Nas pessoas com deficiência do grupo de risco em uso de medicamentos, não interromper o uso regular dos remédios a não ser por ordem médica.
  • O uso de medicamentos imunossupressores pode elevar o risco da pessoa com deficiência contrair a infecção. Nestes indivíduos, as medidas de prevenção devem ser redobradas.

    Com relação aos cuidadores e profissionais de saúde

  • Se apresentarem sintomas de gripe, evitar contato com a pessoa com deficiência.
  • Os cuidadores podem ser acometidos pelo vírus, por isso, é importante ter outra já treinada para assumir o cuidado da pessoa com deficiência.
  • Para os profissionais de saúde utilizar EPI (equipamento de proteção individual) para proteção de gotículas e contato durante o atendimento a pacientes com sintomas respiratórios.

Contudo, todo cuidado é pouco nesse momento tão difícil.

Fontes : G1 e Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo acessado em 26/03/2020

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