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Carnaval Inclusivo: Bloco “INCLUA-SE” fez a festa das crianças especiais em Madre de Deus na BA

Carnaval Inclusivo: Bloco “INCLUA-SE” fez a festa das crianças especiais em Madre de Deus na BA

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Inclusão durante o carnaval, essa foi à proposta de um grupo de amigos de Madre de Deus, cidade localizada a cerca de 60 km de Salvador.  Antecipando os festejos, no último dia 18 o bloquinho “Inclua-se” esteve na rua com um projeto que busca inserir crianças com necessidades especiais no contexto social e cultural da comunidade.

O carnaval da ilha foi aberto com muita serpentina, confete e música. A fantasia e a diversão tomaram conta da rua, estando disponíveis pinturas, pula-pula, piscina de bolinhas, sorteios e concursos, fazendo a alegria da criançada, que puderam interagir de forma lúdica, provando que para ser folião não tem idade e portar alguma deficiência não a impede de se divertir. 

O evento

Em sua primeira participação, o “Inclua-se” levou cerca de 90 crianças, acompanhadas de jovens e adultos, a celebrar de uma forma mais plural a maior festa de rua do país.  Contando com o apoio do poder público, as normas de segurança também foram aplicadas na ação, estando de prontidão os paramédicos do SAMU e do Trânsito, da SUCOM. O evento ainda contou com a participação de membros do Conselho Tutelar e diretores de escolas.

Luciana Gomes foi à idealizadora do projeto. Luciana criou o primeiro carnaval inclusivo, contando com o apoio e colaboração de diversos amigos que abraçaram o projeto e se voluntariaram pela causa. 

A ideia surgiu quando Luciana percebeu que seus pacientes infantis e responsáveis não frequentavam aos festejos de carnaval, ficando reclusos em suas residências. Para mudar esse cenário ela decidiu fazer uma corrente do bem junto com os amigos, e levar as pessoas com deficiência para a rua.

Foliões Mirins

O pequeno Miguel Fraga, de um ano e três meses, tem Síndrome de Down e participou de sua primeira folia fantasiado de palhaço. Sua mãe, Cristiane Fraga classificou o evento como muito importante, ressaltando que geralmente mães de portadores de deficiências querem esconder seus filhos, mas que essa é a oportunidade para que todos os conheçam. “Eu sou mãe, estou a caráter e entro no clima. Estou com o meu filho o tempo todo. A gente tem que viver isso, a inclusão. Temos que está juntos e com certeza esse é um evento que deve continuar”, contou a animada Cristiane.

Com 08 anos e cadeirante, Jailson Júnior vestiu o uniforme do seu time do coração, o Esporte Clube Bahia e curtiu a festa junto com sua mãe Regiane Almeida, que pontuou a necessidade de mais ações que garantam a integração e interação das crianças com necessidades especiais. “Acho esse evento interessante, para chamar a atenção da população quanto às crianças com deficiência. Assim, a população participa mais e faz parte de tudo isso. Existe um número muito grande de crianças com autismo e espero que tenham muitos eventos como esse para que elas possam se integrar. Percebi que meu filho gostou muito, ele acaba vendo mais crianças que são diferentes dele e ao mesmo tempo parecidas. E ele também acaba chamando a atenção de outras crianças”, disse Regiane.

Arquivo Inclua-se

Hoje elas são crianças, amanhã adultas. Elas precisam está preparadas para o mundo, mas o mundo também para elas. E é nosso papel lutar por isso. O “Inclua-se” é apenas o primeiro passo de muitos que daremos”, enfatizou Luciana.

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