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Funcionária do SAMU ensina Libras aos colegas para humanizar atendimento a pacientes surdos

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Desde agosto de 2017,  ela ensina aos profissionais do Samu a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Com formação em letras português e a curiosidade, após dar aula a uma surda,  quando ainda lecionava ela percebeu que poderia tornar os atendimentos a pacientes surdos mais humanizado e ágil, ensinado aos demais colegas o que ela havia aprendido de Libras.

“Quando cheguei ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência lembrei da minha dificuldade em compreender o que minha aluna passava. Observei o quanto o nosso atendimento em saúde era deficiente, por não ter a presença de um profissional capacitado para se comunicar através da Libras. Então, resolvi ensinar aos colegas de trabalho o que tinha aprendido quando era professora”, conta.

Ela conta que no primeiro momento houve poucas adesões dos profissionais, mas com o passar do tempo os colegas perceberam que era necessário ter conhecimento da língua e passaram a participar das aulas.

O medo de não ser compreendido e fazer o tratamento errado ainda é algo que faz com que surdo já chegue à unidade de saúde com um quadro evoluído. Os colegas perceberam a importância de evitar estes tipo de situação, principalmente nos atendimentos de urgência, e decidiram participar do curso. As aulas foram ministradas através do Núcleo de Educação do Samu de Teresina”, relembra.

A iniciativa foi tão positiva que Patricia foi chamada para ensinar em outros locais.

Contudo, para certificar os atendimentos, as aulas contam também com a participação de instrutores surdos se passando por pacientes. Além das aulas teóricas, os alunos fazem simulação de atendimento dentro das ambulâncias.

Projeto Samuzinho

No projeto voluntário Samuzinho que ensina crianças de 7 a 13 anos como reconhecer situações de emergência e orientar os adultos sobre como proceder, os alunos também aprendem Libras.  O curso é ministrado por Patricia com a ajuda de Fernanda Ariele, uma garota com 11 anos, surda. Elas em conjunto ensinam os colegas a língua de sinais.

“Procuramos ensinar para as crianças que todos temos habilidades e diferenças, mas que devemos respeitá-las e aproveitar as nossas habilidades para tornar mais leve a vida das pessoas e assim vivermos em sociedade. Me sinto realizada quando vejo profissionais de saúde atendendo em língua de sinais”, finalizou.

Todavia, o projeto Samuzinho é visto de forma positiva e já colaborou para que um menino de sete anos realizasse manobras de desengasgo para salvar o  primo de três anos.

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Fonte:G1

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