Transtorno do Espectro Autista (TEA)

“Autismo é vida – me ame como eu sou” Kenya Diehl dá lições de como lidar com o autismo em suas redes sociais

"Autismo é vida - me ame como eu sou" Kenya Diehl dá lições de como lidar com o autismo em suas redes sociais

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Um perfil que fala sobre autismo tem chamado a atenção da pessoas. Trata-se do Autismomake.

Esse perfil pertence a Kenya Diehl, uma mulher de 36 anos, autista, que utiliza suas redes sociais para inspirar, contribuir e motivar pessoas e famílias com a mesma condição que ela. De forma leve e sensível ela trata sobre o assunto que na maioria das vezes é considerado bem delicado.

O diagnóstico

Kenya foi diagnosticada aos nove anos com a forma mais branda do autismo, a síndrome de asperger.

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Seu diagnóstico veio em decorrência de reclamação por parte das escolas que ela frequentou, ainda acompanhado de crises de dor nas pernas e enxaqueca.

Sua mãe a levou a um neuropediatra que confirmou o diagnóstico.

Sim, a menina estranha era também autista“, contou Kenya a nossa equipe.

Aliado ao diagnóstico, ela tinha atraso de linguagem, comunicação deficiente, vômitos frequentes, baixo peso, subnutrição, depressão, ansiedade, toc, distúrbios do sono, dificuldade de interagir, de aprender e de viver em sociedade.

O início de sua vida foi cheia de dor e sofrimento. Ao desenvolver a linguagem verbal,  surgiu um novo problema que era a falta de noção, falta de malandragem normal e mínima para todo ser humano e extrema literalidade. “Sempre fui uma “presa” fácil para os maldosos e acabava sendo vítima de toda sorte ruim que se possa imaginar“, disse Kenya.

Quando completou treze anos, sua mãe foi chamada ao colégio e lhe disseram que seria mais produtivo colocá-la para trabalhar e levar dinheiro para casa do que tentar ensinar alguma coisa a ela.

Segundo, a equipe pedagógica, ela não tinha mais o que aprender e era um problema em sala de aula. Ela deveria apenas fazer trabalhos repetitivos e não tinha perspectiva nenhuma de passar da idade mental de dez anos.

De forma muito dolorosa sua mãe não pôde mais cuidar dela. Ela ela ficou perambulado por casas de amigos, garagens alugadas por cinquenta reais e até mesmo na rua. Sofreu agressões de todos os tipos, das maldades humanas piores que se possa imaginar…

A quebra de paradigma

Mas como a vida é linda e repleta de surpresas, Kenya deu a volta por cima. Aproximou-se de pessoas que tinham conseguido alguma coisa na vida e aprendeu basicamente por cópia a me comportar de forma um pouco mais aceitável.

No processo, haviam crises,  ela brigava com todo mundo, se defendia quando não deveria e era vulnerável quando jamais poderia.

Não conseguia manter amizades, namoros ou nada parecido. As pessoas a usavam até onde eu poderia lhes trazer algum benefício (como ser leva e traz de informações, buscar coisas para elas, ficar segurando uma porta ou qualquer coisa que me pedissem) depois lhe chutavam . Às vezes literalmente, e ela acabava chorando, desolada, acabada e com vontade de dar fim à própria vida.

O amor venceu

Mas a menina cresceu, tornou-se uma mulher,  arrumou um bom emprego, conheceu o grande amor da minha vida que a amou,  que cuidou dela , e a aceitou exatamente como ela é e quis lutar ao seu lado.

Ela tirou carteira de habilitação de carro e moto, curou-se de transtornos alimentares, casou-se, tornou-se mãe. Ainda tentou cursar duas faculdades que não conseguiu concluir.

A reviravolta

No entanto, a mulher aprendeu a ser dona da sua própria vida apenas aos 32 anos depois de passar uma humilhação em uma academia de ginástica em que ela treinava.

Aquele dia, sendo humilhada por um grupo de trogloditas, saí decidida a morrer, mas vi a cadeirinha de bebê do meu filho no carro, fui para casa, chorei, gritei, me bati, mas decidi que daquele dia em diante eu não tentaria superar mais nada, eu passaria  me adaptar ao mundo com minhas limitações e qualidades autistas“, desabafa Kenya.

Assim, ela tornou-se  empresária, escritora, palestrante, digital influencer, consultora em autismo e youtuber.

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Entretanto, com seu próprio método de desenvolvimento criado exclusivamente seu filho, o menino saiu do diagnóstico de autismo moderado. O método inovador permitiu ao filho a perda de muitos sintomas, e igualmente a ela  passou para a forma mais branda, hoje diagnosticado com síndrome de asperger.

Ele aprendeu a falar, a ler e a escrever. É um menino alegre, falante, sorridente e de bem com a vida.

Com as bençãos de Deus e com fé sempre em dias melhores ela acredito que ele não passará por tudo o que ela passou, pois ele tem a ela e ao meu marido e sua luz própria sempre irá o guiar por caminhos melhores.Ele tem inteligência emocional e entende que a diferença é justamente o que faz as peças da humanidade se encaixarem de forma perfeita nessa linda obra chamada VIDA!

Os livros

Hoje, Kenya tem 4 livros publicados que estão à venda para aqueles que se interessarem. Seus livros são: Olhando nos olhos ( em fase de reedição), Empreendedorismo Feminino, Autismo de dentro para fora e Autismo é vida – minha vida em suas mãos.

https://www.instagram.com/p/B3widXqlA9_/?utm_source=ig_web_copy_link

Comunidade PróAutismo

 

Kenya ainda é uma das moderadora do Grupo no Facebook chamado Comunidade PróAutismo liderado pelo apresentador Marcos Mion.

Além de Kenya, o apresentador conta com a colaboração de outros administradores e moderadores que com maestria o moderam o grupo com a supervisão de Fátima de Kwant. São eles: Leticia Mena Barreto, Carla Bertin e Fernando Giovanelli.

No grupo, as conversas acontecem entre familiares, pais, educadores, amigos, pessoas interessadas e também com os próprios autistas, como um espaço de suporte, identificação e representatividade.

Sua atuação no grupo é frequente atuando como moderadora respondendo e auxiliando as milhares de pessoas que interagem no Grupo.

Onde me encontrar:

Facebook: Kenya Diehl

YouTube: Kenya Diehl

Instagram: @autismomake

Blog: www.autismoevida.com

Para a compra meu livro, palestras e consultorias, entrar em contato por meio do WhatsApp da equipe AutismoMake: 013 99205-1117

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Texto elaborado pela equipe do Crianças Especiais. É vedada a reprodução deste sem solicitação expressa do autor.

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